Sim, o título do blog mudou!! Por mais que eu adorasse ser a Deusa da Ilusão, DDI não formava iniciais tão bacanas quanto Kesi Conta Tudo... Agora é o KCT!
Aliás, sim, eu fiz as alterações no desenho no paint. Sim, eu sei que a qualidade ficou duvidosa. Sim, eu tenho úvula bífida! \o/

domingo, 22 de janeiro de 2012

SOZINHA...

Não consigo dormir... Isso porque é um domingo a noite e eu estou sozinha. E ontem foi um sábado a noite que eu me senti sozinha, e eu tenho bastante certeza de que antes de ontem foi uma sexta feira a noite em que eu estava muito sozinha. E não, eu não estou solteira, nenhum de nós dois está doente e não há nada além de 5 km ou 1 sms nos separando.
E o pior de tudo é que não é a primeira vez que isso acontece. E provavelmente não vai ser a última, porque os dias vão passando e eu continuo sendo essa pessoa estúpida que não consegue se impor.
Eu tenho vontade de virar pra ele e falar que essa foi a última vez que ele me ignorou um fim de semana e ficou por isso mesmo. De virar pra ele e desembuchar: "Sábado que vem eu vou sair, beber, dançar e beijar na boca. Se você vai estar comigo a decisão é sua". Mas não tenho coragem de fazer isso. Porque eu sei que eu posso falar o que for que nesses momentos eu não vou conseguir tirar a expressão de "foda-se" do seu rosto. Que ele sequer vai ficar bravo, contra-argumentar ou expressar uma opinião. No máximo vai dar de ombros, e se responder alguma coisa vai ser algo no sentido de que eu faço o que eu quiser.
E a indiferença machuca. Assim como pensar que o que quer que tivesse acontecido comigo não faria diferença pra ele nesses momentos. Tivesse eu doente, morrido, o que quer que fosse, acho que não se daria ao trabalho de aparecer.
Eu sei que essa é mais uma história idiota. Que eu não sou valorizada o tanto que gostaria porque se me sujeito a isso é porque não me valorizo tanto assim. Mas são só momentos.
Olhando como um todo, eu amo o resto. Amo o quanto ele pode ser bondoso, gentil e engraçado. Quando ele me faz massagem no joelho ou me coça as costas até eu dormir. Amo inclusive o fato da gente nunca ter brigado, ter apenas se calado por um tempo até a poeira abaixar. Mas não precisava ser indiferente.
E eu fico pensando, que por mais que ele faça tanto por mim em alguns momentos, o tanto que ele se esforça pra demonstrar que nao liga pra mim em outros pode até ser verdade...
E amanhã vou acordar com as olheiras mais feias do universo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FUGAS...

Teve uma época em que eu me achava a mestra das palavras. Achava que eu era pessoa que tinha o maior poder de convencimento do mundo. Aconteceu que eu cresci um pouquinho e comecei a perceber que num passava de uma besteira. Poder de convencimento uma ova.
E pra piorar eu não perdi a mania de chorar quando este poder se mostra não tão poderoso assim.
Então, pouco a pouco, eu parei de querer convencer. Parei de impor uma opinião conflitante. De argumentar. De me defender.
Se você me retruca, frente a frente, eu não tenho palavras pra me justificar, ou quiça pra te esclarecer o que quer que seja. Eu choro.
Teve uma época que eu fui na psicóloga. Chorava a consulta inteira e não falava nada. Na última seção ela disse que não tinha certeza se aquilo estava me fazendo bem ou não, pois eu me acabava em todas as consultas, e isso se refletia no restante da semana.
Aí que eu aprendi a fugir. Nunca cutucar uma discussão. Remoer palavras e mais palavras...
Não sei se eu perdi minha sensibilidade, mas não tenho mais jeito de olhar pra alguém que parece meio mal e perguntar o que aconteceu. Fico me sentindo uma intrometida. Parece que as palavras vão soar agressivamente. Ou futriqueiramente.
Então se as coisas parecem mal, eu fujo. Se não fujo, transbordo amenidades.
E se tem alguma situação que parece que está prestes a me causar uma dor tremenda, eu não vou cutucar pra que isso se adiante. Eu vou fugir, fingir que nada está acontecendo. Quem sabe o tempo leva ao costume e no fim das contas aquilo nem fica tão doído... E ainda tem aquela chance, de que no final dê tudo certo de algum jeito...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

ANIVERSÁRIO!!

Sempre adorei aniversários, mas este ano decidi entrar nele sem expectativas pra não rolar uma frustração... Mas na verdade, obviamente, as primeiras tentativas são sempre da boca pra fora e lá fui eu olhar no celular e conferir se à meia noite alguém já tinha lembrado de mim e me mandado uma mensagem (alguém específico, não qualquer um, diga-se de passagem hauahuahau), e como era de se esperar, nada... Tava indo dormir tristezinha quando olho pro meu relógio e vejo: meu relógio me desejou feliz aniversário!!!! Juro!! Tem um bolinho na tela dele em minha homenagem =]
Salvou meu dia de aniversário. Fiquei tão feliz que até liguei o computador pra escrever esse post hauhauahau
Deus abençoe os criadores do Polar!!!

Obs: Melhor aniversário dos últimos tempos!! Ah, e se ontem a noite, na hora que eu escrevi a primeira parte deste post, eu já tava achando o meu relógio o melhor namorado do mundo, hj de manhã eu quase o pedi em casamento quando ele despertou tocando "parabéns pra você"!! Demais!!! Espero ansiosamente pelo meu aniversário do ano que vem huahauhauahau
Achei que já tava chegando na idade em que os aniversários vêm acompanhados de melancolia, mas me enganei... Basta estar ao lado das pessoas certas ;)

domingo, 11 de setembro de 2011

PRA DIVERTIR O DOMINGO, PIADA SEMI-PRONTA DA SEMANA

_Você tá chorando?
_Não, estou treinando para ser organizadora de velório!
hauhauhauahuahuahauhauhauahuahau
_Você tá chorando?
_Não, estou treinando para ser organizadora de velório!
hauhauhauahuahuahauhauhauahuahau

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DEU MEDO...

Chegando do treino, entre a descida do carro e a entrada em minha casa meus olhos se encheram d'água. E aí eu me pergunto, será que sou só eu que tô me cagando de medo do quinto ano?
Acho que o luto que não tive pelo meu corpo estou tendo agora pelo meu quarto ano. E aquele "fodeu" parece meio entalado na garganta.
Dá vontade de pedir pro mundo parar só um pouquinho enquanto eu assimilo melhor a idéia. Mas não, vai passando, a jato, um dia após o outro.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PRAZER, EU SOU A...

Tava fazendo um cadastro no Carrefour pra comprar um presente pro meu pai.
Aí preenchendo aqueles milhões de dados necessários, respondi meu nome inteiro e o próximo item foi: "Como gosta de ser chamada".
Sério mesmo? O Carrefour quer realmente ser meu amiguinho e me chamar por um apelido?? Que coisa ridícula! Que tal ser uma empresa séria e me chamar pelo meu nome?
Mas nessas, não tive dúvidas, respondi: Mafalda.
E agora esse é meu nome íntimo =D
Queria colocar um palavrão, mas fiquei com medo que não aprovassem o cadastro. Mas da próxima vez eu tento.

sábado, 23 de julho de 2011

E AS FÉRIAS COMO VÃO?..

Fato: sempre me deprimo nas férias.
Quando não me deprimo faço alguma cagada básica. Nem caguei nessa, tá só no estágio depressão mesmo. Tô num nível deprimida que não me deixa fazer cagadas, não que eu não tenha pensado nelas.
Acho engraçado que eu passo o semestre inteiro pensando nas férias, mas aí qdo a danada chega o que me sobra é um tempo enorme pra não fazer nada, o que com certeza não fará bem para o meu psicológico. E o pior é que agora existe essa merda de facebook pra todo mundo esfregar na minha cara que está andando pelo Europa, correndo pelo Central Park ou escondido em algum canto da América do Sul (obviamente não em Americana como eu). E as reclamações são algo do dia: Mais um dia em Estocolmo, deu errado a ida hoje para o lugar X... que chato né???
Quase comprei um pacote para um SPA... mas aí a realidade bateu e eu percebi que não, realmente não tinha grana pra isso... Tá tudo investido na reforma.

Fato 2: namorado sempre briga comigo nas minhas férias. Acho que o tanto que eu devo ficar chata dispensa explicações. Mas taí mais um pra me enterrar...

O bom é que eu ainda ando produzindo um pouco: vcs vão ver, termino esse mês especialista em acupuntura! huahuaha
Tô estudando... coisa que eu num faço o semestre inteiro dei pra fazer nas férias! hauahauha E tô trabalhando bastante tbm... tô atendendo como auriculoterapeuta (só eu acho esse nome engraçado? Super imagino um orelhão indo ao psicólogo). Pois é, são as voltas que a vida dá. Não acreditava nessas histórias de medicina alternativa até ver o poder de cura das minhas mãos hauahauhauah

E agora, namorado viaja amanhã e não quis me ver hoje pq está fazendo uma espécie de greve comigo. Num tem nenhum amigo pela cidade, pq td mundo tem mais cu que eu e pode viajar, e só me restou esse blog amigo antigo pra afogar minhas mágoas... Fazia tanto tempo que eu não vinha aqui... Vou tirar as teias de aranha e ver quem ainda anda vivo por aí na blogosfera e dar um oi.
E acho que eu volto aqui em breve, não há lugar melhor pra reclamar desse marasmo!!! hauhauahua

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É PRA VOCÊ... ZÉ

Eu me lembro exatamente os últimos dias que eu te vi. Foi em julho de 2009. A gente chegou e você foi logo oferecendo café pra todo mundo. Aquele café, sabe? Forte e gostoso! E nesse dia, como de costume, você também reparou no quanto eu tinha crescido e não cessou os gestos pra me mostrar que um dia você me carregou no colo e que antes eu era daquele tamanhinho que cabia entre suas mãos. E foi tudo bem o dia inteiro.
A gente foi embora no dia seguinte, e voltou uma semana após. Você tava um pouco mal, nem levantou pra falar com a gente, só ficou na sala, deitado, olhando quem ia e vinha. Antes de eu ir dormir eu passei perto de você e você me fitou com aqueles olhos silenciosos.
Eu perguntei: "Tá tudo bem, Zé?" e você segurou minha mão. Segurou e continuou me olhando. Você não dizia nada, só me olhava com desespero. E ficou assim por um tempo.
E não houve um dia nesse um ano e meio que se passou em que eu não me lembrei daquele olhar.
Você tava pedindo ajuda, e eu não entendi. Você já não conseguia mais falar e eu não percebi. Você tava tendo um AVC na minha frente, e eu não soube distinguir.
Eu nunca me perdoei por isso, Zé. Eu tava no segundo ano de faculdade, tinha acabado de ter um semestre inteiro sobre neurologia, e você tava tendo um AVC na minha frente e eu não percebi!!
E no dia seguinte eu acordei e fui te ver. Você só olhava pra gente, não sentava mais, só olhava. Começou a tremer, mas continuava a olhar. E eu não conseguia fazer nada, Zé. Eu não fiz nada. Já era mais de 9h da manhã quando eu fui chamar alguém dizendo que era melhor procurar ajuda pra você.
E em todo esse tempo eu me questionei sobre o que teria acontecido se eu tivesse entendido o seu pedido de ajuda na noite anterior.
Agora você se foi, Zé, e eu choro por todos nós. A Terra perdeu um anjo.
Eu te amava, e você se foi.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

COISAS QUE O ESTÁGIO DA PSIQUIATRIA FAZ COM A GENTE

Quando acaba a micha férias de menos de um mês você se dá conta de que provavelmente nunca mais na vida terá férias de 3 meses. Até aí tudo bem né, acho que muita gente no mundo nunca teve férias de 3 meses, mas depois que vc sente esse gostinho, fica difícil se desacostumar...
E o quarto ano começou para mim com o estágio da psiquiatria. Pra ser sincera superou minhas expectativas e eu até que estou me divertindo bastante. Eu achei que eu não iria suportar, que iria querer bater em uns e espancar outros, mas não foi isso que aconteceu.
Tirando hoje, pois o tema da aula foi depressão, e falar de depressão é uma depressão mesmo, viu... Aquela aula me deu vontade de suicidar alguns...
E o dia foi meio de cão. Nenhuma aula boa. E pra completar, ninguém resolve o problema do meu cartão que simplesmente resolveu parar de liberar minha entrada no restaurante. Pra contextualizar, já faz duas semanas que eu estou indo quase todos os dias no SAE pra tentar resolver esse problema, dizem que tá resolvido e nada. Quando eu retorno pra entender o que aconteceu me mandam na DAC, na DAC dizem que o problema não é lá, ou que já resolveram o meu problema, e me mandam de volta no SAE, e eu fico assim, me sentindo um João Bobo idiota sendo jogada do SAE pra DAC e vice e versa.
A explicação de hoje foi a melhor. O cara olha pra mim e: "moça, não tá liberando sua bolsa alimentação porque aqui diz que vc não tem cartão." E eu: "Como não tenho cartão? Eu já tô no quarto ano de faculdade, almoço aqui quase todo santo dia, olha o meu cartão aqui! Como de repente pode aparecer no sistema que eu não tenho cartão?"
Fui pra DAC tentar entender esse negócio de eu não ter cartão.
Lá a funcionária era um cu em pessoa e parecia super pouco disposta a me ajudar. Cus em pessoa deixam a gente meio com vontade de ser cu tbm... Eu só queria entender como é que podia o sistema dizer que eu não tenho cartão. A funcionária entrou numa sala pra falar não sei com quem, e enquanto ela estava lá umas 3 pessoas apareceram de mansinho pra dar uma espiada em mim. Foi nesse momento que eu tive um insight.
Por uns 5 segundos cheguei a cogitar se todos esses últimos anos não passaram de uma alucinação. Se na verdade eu nunca consegui passar no vestibular, enlouqueci e comecei a criar tudo isso. Se for pra pensar bem, e eu até tinha comentado isso em outro contexto com uns amigos meus, essa "realidade" que eu vivo agora é muito parecida com a que eu escrevi no final da oitava série sobre como seria o meu futuro. Tudo isso num deve passar de um escape da dor que meu eu de verdade sente, jogado em uma cama, delirante e distímica por nunca ter conseguido passar no vestibular.
Me parece uma explicação razoável pro sistema acusar que eu não tenho cartão...