EU ADORO VOCÊ...

Adoro cada pedacinho de vc que existe... adoro o seu jeito de por a mão na boca quando tá prestando atenção na aula, e de ficar mordendo a cutícula, ou o lábio, e mexendo a perna quando tá meio entediado... adoro a sua mania de ficar brincando com as coisas na sua mão (caneta, lacre de pão de mel rsss), ou só com a sua mão mesmo, e também adoro sua mão, assim como cada calinho que os anos de escrita te deram... adoro a sua barba por fazer... adoro, mais que tudo, o seu sorriso!! Acho que foi o sorriso mais lindo que Deus já criou... adoro sua calma quando tá todo mundo louco achando que não vai dar certo... adoro quando sem querer minha perna encosta na sua e eu consigo sentir o seu jeans! Adoro o seu cheiro, e particularmente você estava muito cheiroso ontem...
Eu me encantei por você! E já faz muito tempo que isso aconteceu, e eu nem sabia! Mas agora... eu não consigo não pensar em você por um segundo sequer... o seu sorriso não sai da minha cabeça... eu sei que você só é simpático comigo, porque é uma boa pessoa, e não pelos motivos que eu gostaria... mas eu tenho cliques em que vejo acontecer, e eu choro...
Você preenche todos os ítens da minha lista de "Encomenda-se um namorado", e eu me odeio por ter colocado na lista que eu teria que sofrer antes de conseguir conquistá-lo, mas agora é tarde para apagar... eu não consigo não pensar em você...
E eu tinha prometido pra mim mesma que iria desistir... que eu iria aceitar o fato de que talvez você mereça alguém melhor do que eu... ou, mesmo que não seja alguém melhor do que eu, que você simplesmente está reservado para outra pessoa... eu posso fingir que desisto, mas a verdade é que você não sai do meu pensamento... E eu tô sofrendo! Mas tentando seguir os conselhos de Charles Chaplin e vou sorrindo, até quem sabe, um dia, você me notar...

Ponho aqui o poema de Neruda, que eu achei que fosse me ajudar, mas acho que não fez muito o que eu queria... E ele segue como sendo uma pequena oração minha, a algum dos relâmpagos que possa ter compaixão por mim...

Talvez

Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Pablo Neruda